Segurança do trabalho é assunto sério. Segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, entre os anos 2012 e 2018 foram contabilizados 17.200 mortes devido a algum acidente ou doença, relacionados à atividade laboral.
Já de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre os anos de 2007 a 2017 foram registrados 1.324.752 casos de acidente no trabalho. Deste número, 703.193 foram acidentes graves. O ambiente da construção civil está entre os quatro locais de maior propensão a acidentes, junto aos hospitais, supermercados e administração pública.
Ralph Chezzi, engenheiro civil e responsável pela Bump, especialista em desenvolver projetos de sinalização para diversos segmentos, explica sobre a obrigatoriedade da sinalização no ambiente de trabalho, segundo os artigos 157 e 170 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“No artigo 170, por exemplo, é especificado sobre a importância de que as edificações obedeçam aos requisitos técnicos que visam a segurança a todos que trabalham nela”, acrescenta.
E dentre os requisitos técnicos previstos em Lei, a sinalização previne acidentes de trabalho e torna o ambiente mais seguro, e mesmo em um caso de acidente, com as devidas sinalizações, o processo para a resolução do conflito no local se torna mais fluido.
A sinalização laboral, diferente das outras sinalizações fundamentais como contra incêndio e pânico (que devem estar presentes em todos os estabelecimentos), é uma sinalização específica para áreas industriais e canteiros de obras.
Confira: Placas de sinalização para construção civil são fundamentais para garantir a segurança no local
Sinalização previne acidentes de trabalho – Conscientização dos trabalhadores
Dentre as normas mais importantes para a garantia da proteção no ambiente de trabalho, em indústrias e canteiros de obras, está a NR 6 que trata exclusivamente a respeito do uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Dentre os exemplos de EPI, estão: óculos de proteção, luva, capacete, protetor auricular, máscara, etc.
“Outra regra importante dessa NR é que é de obrigação da empresa oferecer gratuitamente aos seus funcionários os EPIs adequados para a execução do seu trabalho”, esclarece Chezzi.
Esse tipo de sinalização previne acidentes de trabalho, mas faz parte do conjunto de sinalizações de segurança que precisam fazer parte dos locais que apresentam alto grau de periculosidade.
A sinalização de segurança precisa estar presente em todo o ambiente:
Para prevenir acidentes em escadas;
Prevenir acidentes em pisos úmidos;
Indicando as saídas de emergência;
Indicando extintores de incêndio, mangueira de água e alarme;
Entre outras funções.
Leia: Sinalização de segurança na Construção Civil – Compreenda a NR-10 e NR-18
Dentre os equipamentos de segurança que compõem a sinalização que previne acidentes estão os cavaletes e lanternas.
Os locais devem seguir à risca as normas, que também orientam adesivos fotoluminescentes na sinalização de emergência. O objetivo é que possam ser identificados mesmo em condições de hostilidade, como escuridão ou presença de fogo.
As indicações de PERIGO são fundamentais em locais de risco e já são o suficiente para comunicar que é preciso redobrar o cuidado na área para a garantia da segurança.
A sinalização previne acidentes de trabalho e deve atender à Norma NR 26 que prevê o padrão e as cores das sinalizações. As placas de advertência são compostas pela cor amarela, as que indicam perigo são compostas pela cor vermelha, quando verde, indicam o acesso liberado, mas ainda assim, trata-se de uma sinalização de prevenção, entre outras cores e significados.
“Produtos químicos que oferecem riscos às pessoas no local também precisam ser sinalizados para prevenir acidentes”, explica.
Também faz parte da segurança e prevenção o trabalho de conscientização por meio de palestras como DDS e SIPAT que ajuda na conscientização de todos sobre a sinalização utilizada e sobre ações que garantem a segurança no local.
“Outro recurso de sinalização de segurança importante é um mapa de risco, que é muito útil para a conscientização de pessoas que não passaram por orientação como é o caso, por exemplo, de visitantes”, conclui.